27 de abril de 2010

O Luto da Arte

A tese da morte da arte ainda significa mais do que parece

Publicado em 05 de abril de 2010 Por: Marcia Tiburi

                                            Damien Hirst: a arte contemporânea, sendo trabalho do luto, prova sempre a experiência do desgosto

A discussão sobre a morte da arte teve um lugar essencial nas Lições de Estética, de Hegel, no século 19. Não se pode perder de vista que a morte da arte à qual Hegel se referia era a da arte bela e não da arte de modo geral. Se Hegel tem razão, em havendo uma morte da arte que não deve ser generalizada, trata-se de entender que tipo de arte, para além da arte bela, sobreviveu. Em um século de genocídios, ditaduras e violências de toda sorte, a arte é a memória da sua própria morte.

A pré-história dessa percepção está na Crítica da Faculdade de Julgar, de Kant, que antes afirmou a existência de dois sentimentos, o belo e o sublime, como sustentáculos da experiência estética. Belo – a sensação de prazer com os objetos agradáveis – e sublime – um misto de prazer com desprazer – são formas de acesso subjetivo à beleza, tanto da natureza quanto das artes. Kant define a arte bela como aquela que pode representar de modo belo até mesmo as coisas feias. A tarefa histórica da arte sempre foi a de colocar beleza no mundo e suplantar o feio. Criamos essa expectativa e isso hoje em dia não nos ajuda.

Mas o próprio Kant disse que havia uma espécie de feiura, que não pode ser representada de acordo com a natureza sem cancelar a complacência estética, ou seja, a nossa capacidade de perceber a beleza em geral e a beleza da arte. Kant refere-se à feiura que desperta asco. O asco, segundo Kant, é uma “sensação peculiar” marcada pela imposição do objeto feio que imediatamente se nos lança sobre os sentidos, sem que desejemos aceitar sua presença. O filósofo espanhol Eugenio Trías dá um exemplo repugnante só de ler: quem pisa em um rato morto e eviscerado na rua tem a sensação de que ele vai parar dentro da boca. A experiência do asco se dá como se um prato de merda fosse oferecido para se comer.

O asco é uma espécie de sentimento impossível, por estar na contramão do gosto. Podemos traduzi-lo por nojo. E nojo é algo que se traduz por luto. A experiência do asco ou do nojo, como experiência do des-gosto, é da mesma ordem da experiência do luto, de algo que não desejamos e que mesmo assim se impõe. A lástima pela perda de um objeto amado, mas também do gosto – seja pela arte, seja pela vida – que acompanhava aquele objeto é experiência disseminada em nossa cultura, da qual a arte atual vem a ser a apresentação mais clara.

A arte, do asco ao luto

O luto é sempre uma reação à perda de um objeto amado. É, portanto, a experiência da morte enquanto ela pode ser conhecida: a morte dos outros, das coisas, das experiências. Até mesmo, como em Luto e Melancolia, de Freud, a perda de uma abstração, de um ideal qualquer. Nunca a da epicuriana morte que não encontraremos, pois já não estaremos quando ela aparecer. A arte contemporânea é experiência enlutada e, por isso, dói tanto tratar dela. Encará-la é experimentar o luto na forma de sua exposição possível. Mas, se há entre arte e vida, entre ficção e realidade, uma relação que é sempre de mimese, por imitação ou por mimetismo, e se há tanta perda na vida, a arte não deveria ser nosso resgate para além do que a vida nos dá sem nenhuma elaboração?

A promessa romântica da arte é que ela viria nos salvar da vida. Mas, após a perda da ingenuidade romântica, por que ainda esperamos tanto da arte? Arte é apenas um conceito que tem tão pouco valor quanto pouco uso nos dias de hoje. No entanto, arte ainda é, como conceito, algo que vai na frente da nossa sempre atrasada sensibilidade. Que a arte mova nossa sensibilidade é a esperança sem fundamento de muitos, mas sensibilidade é uma formulação imprecisa entre o perigoso culto da emoção e os sentimentos que só são elaborados mediante a interferência da racionalidade capaz de criar conceitos. Não há chance de que arte hoje seja mais do que uma construção para fazer pensar.

Temos na experiência contemporânea da arte a autopresentificação do seu próprio luto. Como se a arte ainda estivesse no período enojado em que tem que se haver com a memória de um cadáver que é ela mesma e que, na verdade, mimetiza o estado das coisas de um mundo em crise de sentido. Assim é que a obsolescência do conceito de arte o coloca na posição de um conceito-memória. Um conceito que foi válido, mas que perdeu sua circunstância na atualidade. Arte não é mais a bela arte, ainda que possamos com muito esforço descobrir nas obras que a beleza também é um conceito e, como tal, uma visão das coisas.

O paradoxo do gosto

O que a arte contemporânea nos sugere é a experiência do paradoxo do gosto. Como é possível “apreciar” esteticamente aquilo que repugna se neste momento a experiência estética como mediação entre sensibilidade e racionalidade foi anulada? A questão é que a arte contemporânea, sendo trabalho do luto, acontecendo na contramão do gosto, provoca sempre a experiência do desgosto. Por isso, a arte conceitual tem tanto espaço em nosso tempo, por chamar ao pensamento em tempos de cancelamento da sensibilidade. É como se toda obra nos enviasse a mensagem: se não podemos “gostar”, podemos “pensar”. É o paradoxo da inestética: a sensação é de perda da sensibilidade na arte; mais do que um problema da arte, é problema da cultura na qual ela surge. Um artista como Damien Hirst, com seus bezerros e tubarões no formol, não é, portanto, julgável segundo o padrão do gosto pela arte bela, porque estamos em tempos de perda do gosto. O que será que ele nos mostra que não sabemos pensar?

Com isso se consegue compreender o que acontece com a arte atual. Ela é a experiência da morte da própria arte bela nestes tempos de desgraça cultural. Tempos tensos: de um lado tragicofílicos – desejamos a tragédia – e de outro tragicofóbicos – evitamos a morte a qualquer custo –, como disse Hans Gumbrecht. Podemos dizer, nestes tempos, que a arte se faz na ordem do trágico, este sentimento da “morte em mim”, da morte como experiência subjetiva, como imagem da melancolia que nada mais é do que a morte do eu e do pensamento que sempre foi a prova de que existia algo chamado “eu”. Não, não exageremos.

A arte contemporânea não é nem trágica nem melancólica. Enlutada, ela nos pede que ultrapassemos a memória da morte e reinventemos o presente. Só o que impede isso é o capital culto à desgraça em que vivemos hoje. O gozo atual é com a ideologia da morte como um fim, quando, na verdade, estúpidos e conceitualmente avarentos, não sabemos entender o valor e o poder das transformações históricas das quais a arte nos dá apenas uma imagem para nos fazer acordar. Mas quando até mesmo a desgraça se tornou um “capital”, haverá espaço para a arte que denuncia o seu caráter capitalista? (Marcia Tiburi)

25 de abril de 2010

22 de abril de 2010

Dia Mundial da Terra

O Dia da Terra foi criado em 1970 quando o Senador norte-americano Gaylord Nelson convocou o primeiro protesto nacionalcontra a poluição. É festejado em 22 de abril e a partir de 1990, outros países passaram a celebrar a data.
Sabe-se que a Terra tem em torno de 4,5 bilhões de anos e existem várias teorias para o “nascimento” do planeta. A Terra é o terceiro planeta do Sistema Solar, tendo a Lua como seu único satélite natural. A Terra tem 510,3 milhões de km2 de área total, sendo que aproximadamente 97% é composto por água (1,59 bilhões de km3). A quantidade de água salgada é 30 vezes a de água doce, e 50% da água doce do planeta está situada no subsolo.
A atmosfera terrestre vai até cerca de 1.000 km de altura, sendo composta basicamente de nitrogênio, oxigênio, argônio e outros gases.
Há 400 milhões de anos a Pangéia reunia todas as terras num único continente. Com o movimento lento das placas tectônicas (blocos em que a crosta terrestre está dividida), 225 milhões de anos atrás a Pangéia partiu-se no sentido leste-oeste, formando a Laurásia ao norte e Godwana ao sul e somente há 60 milhões de anos a Terra assumiu a conformação e posição atual dos continentes.
O relevo da Terra é influenciado pela ação de vários agentes (vulcanismo), abalos sísmicos, ventos, chuvas, marés, ação do homem) que são responsáveis pela sua formação, desgaste e modelagem. O ponto mais alto da Terra é o Everest no Nepal/ China com aproximadamente 8.848 metros acima do nível do mar. A Terra já passou por pelo menos 3 grandes períodos glaciais e outros pequenos.

A reconstituição da vida na Terra foi conseguida através de fósseis, os mais antigos que conhecemos datam de 3,5 bilhões de anos e constituem em diversos tipos de pequenas células, relativamente simples. As primeiras etapas da evolução da vida ocorreram em uma atmosfera anaeróbia (sem oxigênio).

As teorias da origem da vida na Terra, são muitas, mas algumas evidências não podem ser esquecidas. As moléculas primitivas, encontradas na atmosfera, compõe aproximadamente 98% da matéria encontrada nos organismos de hoje. O gás oxigênio só foi formado depois que os organismos fotossintetizantes começaram suas atividades. As moléculas primitivas se agregam para formar moléculas mais complexas.

A evidência disso é que as mitocôndrias celulares possuam DNA próprio. Cada estrutura era capaz de se satisfazer suas necessidades energéticas, utilizando compostos disponíveis. Com este aumento de complexidade, elas adquiriram capacidade de crescer, de se reproduzir e de passar suas características para as gerações subseqüentes.

A população humana atual da Terra é de aproximadamente 6 bilhões de pessoas e a expectativa de vida é em média de 65 anos.
Para mantermos o equlíbrio do planeta é preciso consciência dessa importância, a começar pelas crianças. Não se pode acabar com os recursos naturais, essenciais para a vida humana, pois não haverá como repô-los. O pensamento deve ser global, mas a ação local, como é tratado na Agenda 21.

16 de abril de 2010

Happy Birthday Sir Chaplin

 Há 121 anos nascia o maior genio da historia do cinema!
Charles Chaplin, que viveu nos anos de ouro do cinema, viria a se tornar por muitos como o maior de todos os tempos. Com produçoes maravilhosas como O garoto, O ditador, O vagabundo, Luzes da Cidade entre outros ele se tornou um Ás do cinema...
Ao Grande mestre presto minha sincera homenagens, é uma pena um "imortal" como ele não viver para sempre!


Sir Charles Spencer Chaplin Jr., KBE (Londres, 16 de Abril de 1889 — Corsier-sur-Vevey, 25 de Dezembro de 1977), mais conhecido como Charlie Chaplin, foi um actor, diretor, dançarino, roteirista e músico britânico. Chaplin foi um dos atores mais famosos do período conhecido como Era de Ouro do cinema dos Estados Unidos.
Além de atuar, Chaplin dirigiu, escreveu, produziu e eventualmente compôs a trilha sonora de seus próprios filmes, tornando-se uma das personalidades mais criativas e influentes da era do cinema mudo. Chaplin foi fortemente influenciado por um antecessor, o comediante francês Max Linder, a quem ele dedicou um de seus filmes. Sua carreira no ramo do entretenimento durou mais de 75 anos, desde suas primeiras atuações quando ainda era criança nos teatros do Reino Unido durante a Era Vitoriana quase até sua morte aos 88 anos de idade. Sua vida pública e privada abrangia adulação e controvérsia. Juntamente com Mary Pickford, Douglas Fairbanks e D. W. Griffith, Chaplin co-fundou a United Artists em 1919.
Em 2008, em uma resenha do livro Chaplin: A Life, Martin Sieff escreve: "Chaplin não foi apenas 'grande', ele foi gigantesco. Em 1915, ele estourou um mundo dilacerado pela guerra trazendo o dom da comédia, risos e alívio enquanto ele próprio estava se dividindo ao meio pela Primeira Guerra Mundial. Durante os próximos 25 anos, através da Grande Depressão e da ascensão de Hitler, ele permaneceu no emprego. Ele foi maior do que qualquer um. É duvidoso que algum outro indivíduo tenha dado mais entretenimento, prazer e alívio para tantos seres humanos quando eles mais precisavam."
Por sua inigualável contribuição ao desenvolvimento da sétima arte, Chaplin é o mais homenageado cineasta de todos os tempos, sendo ainda em vida condecorado pelos governos britânico (Cavaleiro do Império Britânico) e francês (Légion d 'Honneur), pela Universidade de Oxford (Doutor Honoris Causa) e pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos (Oscar especial pelo conjunto da obra, em 1972).
Seu principal e mais conhecido personagem é conhecido como Charlot, na França e no mundo francófono, na Itália, Espanha, Portugal, Grécia, Romênia e Turquia, e como Carlitos ou também "O Vagabundo" (The Tramp) no Brasil, um andarilho pobretão que possui todas as maneiras refinadas e a dignidade de um cavalheiro (gentleman), usando um fraque preto esgarçado, calças e sapatos desgastados e mais largos que o seu número, um chapéu-coco ou cartola, uma bengala de bambu e - sua marca pessoal - um pequeno bigode-de-broxa.
Chaplin foi uma das personalidades mais criativas que atravessou a era do cinema mudo; atuou, dirigiu, escreveu, produziu e financiou seus próprios filmes. Foi também um talentoso jogador de xadrez e chegou a enfrentar o campeão estadunidense Samuel Reshevsky.

 Fonte

14 de abril de 2010

Pedro Garbo (2010)


Pedro Garbo (2010), upload feito originalmente por Pedro Garbo.
Minhas fotografias podem ser vistas no meu Flickr.
Acessem http://www.flickr.com/photos/pedrogarbo/
Valeu galera!

Flickr

This is a test post from flickr, a fancy photo sharing thing.

6:41

"Deus se você existe, o que duvido muito! Dê-me a minha ultima musica."...
Nasci em 23 de agosto de 1945, o mundo estava em guerra, mais minha chegada mudou isto... Minha mãe diz que minha primeira palavra foi: Deus.
Com 3 anos eu já andava, brincava, corria e alem de tudo ouvia muita musica.

Em dezembro de 1950 meu pai foi comprar cigarros, mais nunca mais voltou, minha mãe diz que ele foi sequestrado, mais todos sabemos, ele fugiu com uma rapariga mais jovem e vagabunda.
Nosso natal foi magro, estávamos todos esperando a volta de nosso pai, mais nada dele aparecer.
Depois de muito tempo esperando minha mãe aceitou que ele não voltaria. Bem, azar o dela desistiu de quem a sustentava.
Minha adolescência foi marcada por brigas com os filhos de putas que moravam na rua de trás. Estavam sempre me incomodando por eu sempre estar cantando e andando sozinho.

Os anos 60 foram demais, o nascimento de uma nova geração, assisti de perto o surgimento de pessoas imortais, entre eles um quarteto de Liverpool...
Usei muita droga, comi pela primeira vez na minha vida uma garota, e eu fui demais, mandei ver!
Em 69 eu estava a caminho de um festival de musica em NY, mais meu avião acabou se acidentando na Amazônia. Ficamos lá por 2 semanas até que nos achassem. Nesse período conheci uma índia pela qual pensei estar apaixonado, mais logo descobrir que era só excitação por estar 'num' lugar estranho com mulheres primatas de instinto selvagens. Depois disso percebi o quanto odeio índios, esse povo supersticiosos, preguiçoso e idiota.

Já nos anos 70 eu me revoltei contra toda essa porra. Essa moralidade hipócrita, toda a sujeira que esses viados governantes estavam fazendo-nos comer. Lembro que a merda tinha um gosto ruim.
Fui torturado, junto com um tal de Caetano fui exilado de meu país, esse país de índios, futebol, carnaval, putas e injustiça política...
Voltamos escondendo-nos em casas de amigo de amigos, não queriamos ser pegos, mais não queríamos deixar aqueles desgraçados no poder.

Ah esqueci-me de falar, aquela minha primeira palavra, agora já não significava nada para mim.
 Deus, hã, é apenas mais um nome para o medo que as pessoas têm de estarem realmente sozinhas.
Igrejas alienando pessoas, catástrofes, barbaridades, o mal, o inevitável mal... Isso as pessoas não podem combater, e por isso se apegam tanto a uma figura paterna que sempre ira a proteger, e lhe dará um lugar melhor do que esse em que vivemos.
Apesar de que, qualquer lugar é melhor que aqui.

Bem, onde estava? Ah, lembrei!

Anos 80 nada foi pior do que nos anos 80 já não tinham como alguém se manter são com tanta hipocrisia, eram bonecas putas, dançarinas adolescentes que se esfregavam em palcos de programas de televisão.
Mais no final desses anos duros de aguentar, como uma agulha pronta para entrar em minha veia, apareceu uma cara, como seus gritos roucos, e versos com verdades roubadas ele estavam no auge, mais num momento  de desespero quis não mais exalar o espírito adolescente.

Os anos 90 começaram com tudo, jovens de cara pintadas, protestos, o povo na rua, a policia tentando colocar ordem... Foi lindo e poético, lembro-me de um rapaz que sangrando ao meu lado me disse: "Essa merda dessa policia, está tentando colocar ordem em quem quer a ordem nessa porra de país". Anos 90 também tinham adolescentes nervosos, gritando e com calças rasgadas, me lembrando os anos 70, punks, e toda aquela sujeira bonita.
Quando completei 55 anos de vida, tentei não chorar ao ver que estava sozinho, as pessoas me abandonaram ao longo do percurso, a tristeza e a felicidade já não faziam parte de mim. Não havia nenhum tipo de emoção dentro de mim...

 Vi um senhor outro dia num bar. Fiquei o encarando, olhei-o nos olhos, vi, reconheci, era meu pai, com semblante cansado. Passei por sua mesa e não disse uma palavra, percebi que ele me reconheceu, mais não dei a mínima, o velho desgraçado nos abandonou. Ele não tinha forças para vir atrás de mim! Então apertei o passo.

Ah, hoje acordei com fome, procurei no cesto comida, parece que já havia passado outro ser faminto por ali. Sentado numa praça vi quando um taxista mal encarado deixou cair algumas moedas na rua, corri para pegar, corri, corri sem me preocupar, e aqui estou eu: Debaixo de um ônibus, contando minha estória para ninguém e esperando que escutem, esperando que saibam quem fui eu.

Assisti durante minha vida a desevolução da humanidade. Pessoas ficam mais burras, vulgares, hipócritas, egoístas... O mundo está cada vez mais sujo de pessoas.

 É, acho que chegou minha vez de descobrir a verdade infinitamente muda!



 -afasta!

 -afasta!

 -afasta!



- Esse ai já era véi.
- É vai ser foda achar um conhecido desse mendigo fedorento.
- Oh, alguém ai conhece esse indigente?
- Eu!
- Ele é meu filho. 




"Já não sinto o gosto da maldade também!"

                                                                                                    Cidadão Quem!?

12 de abril de 2010

Mostravídeo Itaú Cultural

Foto: 
Divulgação
Foto: 
DivulgaçãoFoto: 
Divulgação   
Fotos: Divulgação


A Mostravídeo Itaú Cultural apresenta ao público de Belo Horizonte trabalhos inovadores e representativos da produção audiovisual nacional e internacional. Entre abril e novembro de 2010, o cineasta e professor André Costa e o pesquisador de cinema João Dumans se encarregam da curadoria da mostra – que discute, por meio de programações mensais, a “experiência do cinema”, marcada hoje pela convergência de diferentes meios técnicos e estratégias estéticas. Para saber mais sobre a mostra e participar de discussões com curadores e artistas, acesse www.mostravideoitaucultural.wordpress.com


Instituto Itaú Cultural

Narrativas à deriva

Personagens colocados à deriva e, junto com eles, as formas de narrar. No limite entre o cinema e as artes plásticas, entre a invenção e o registro documental, entre a realidade e as paisagens do sonho, os filmes da sessão de abril da Mostravídeo buscam caminhos de inovação formal, sem abrir mão de contar suas histórias. Busca que passa por uma necessidade quase natural, já que seus autores se situam à margem dos meios e modelos de produção consagrados às grandes narrativas cinematográficas. Documentaristas, artistas plásticos ou cineastas, são de certa forma os próprios realizadores e suas imagens que se colocam aqui na condição de estrangeiros, seja no mundo, seja no cinema.
João Dumans
Curador



SESSÃO 1 - 07.04 | 19h30

Não surpreende que alguém como Joris Ivens, que dedicou boa parte de sua carreira a registrar o trabalho humano, faça, em seu último filme, um testemunho de seu próprio ofício – nem que escolha, para tanto, uma tarefa tão curiosa quanto “filmar o vento”. Sua dedicação militante ao universo do trabalho, afinal, o conduziu espontaneamente a uma paixão pelos elementos e fenômenos naturais: a terra, o mar, o vento, a chuva. Além disso, para o documentarista holandês, filmar sempre significou menos captar com fidelidade cega os acontecimentos do que transmitir, por meio das imagens, a sensação daqueles que os presenciam.
Comentário dos curadores após a sessão.

Uma História do Vento



SESSÃO 2 - 14.04 | 19h30


Em seus trabalhos, o realizador americano Jem Cohen alia com frequência uma dimensão documental, latente na natureza espontânea e direta de suas imagens, a uma dimensão ensaística e ficcional, por meio de linhas narrativas mais ou menos presentes. Em Chain, esse teor ficcional é bastante acentuado, mas, como sempre em Cohen, flagrantes documentais sutis acabam por constituir uma narrativa à parte. Menos imediatamente poéticas que em filmes anteriores (o que não é necessariamente ruim), suas imagens mostram-se sempre capazes de revelar instantes de beleza por trás das rotinas e roteiros tediosos do consumo contemporâneo.

Chain


SESSÃO 3 - 28.04 | 19h30


Os suecos Peter Fischli e David Weiss são mais conhecidos no meio das artes plásticas do que no do cinema, ainda que o trabalho mais célebre da dupla, The Way Things Go, seja um filme. Nele, como num experimento científico caseiro, uma engenhosa cadeia de eventos é acionada a partir do deslocamento de objetos cotidianos de seu universo de origem. A ironia subjacente a deslocamentos como esses é uma das principais marcas na obra de Fischli e Weiss. Nos filmes desta sessão, no entanto, é menos o deslocamento de objetos do que o de contextos que está em jogo. Os artistas apropriam-se aqui de algumas linhas mestras do cinema de gênero (aventura e policial, notadamente) para compor comédias lacônicas, cheias de tempos mortos e insinuações irônicas.

The Right Way

The Point of Least Resistance

Volcano Saga


MOSTRAVÍDEO ITAÚ CULTURAL: ENTRADA FRANCA COM RETIRADA DE INGRESSOS MEIA HORA ANTES DA SESSÃO

Serviço:
Evento: Mostravídeo Itaú Cultural
Local: Cinema Humberto Mauro
Data: 07, 14 e 28 de abril
Valor: Entrada franca com retirada de ingressos meia hora antes da sessão
Informações: 3236-7400

10 de abril de 2010

Confira programação da Virada Cultural Paulista 2010

 

A Secretaria de Estado da Cultura lança os destaques já confirmados da programação da Virada Cultural Paulista 2010.

Promovida pelo Governo do Estado desde 2007, a Virada Cultural Paulista ocorrerá, este ano, nos dias 22 e 23 de maio. Entre os artistas já confirmados estão os franceses Manu Chao e Yann Tiersen, os norte-americanos Cat Power e Mudhoney, e brasileiros como Paralamas do Sucesso, Titãs, Zeca Baleiro, Toquinho, Arnaldo Antunes e outros.

A banda Cidadão Instigado toca em Jundiaí
A Virada Cultural Paulista 2010 será realizada nas cidades de Araçatuba, Araraquara, Assis, Bauru, Caraguatatuba, Franca, Indaiatuba, Jundiaí, Marília, Mogi das Cruzes, Mogi Guaçu, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santa Bárbara d’Oeste, São Carlos, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto, São José dos Campos, Sorocaba e na Região Metropolitana da Baixada Santista com Santos, Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, São Vicente.


Cat Power que esteve no Brasil em 2009, se apresenta em Jundiaí, onde canta às 22h30, no sábado, e no dia seguinte em São José dos Campos, às 17h.
Manu Chao também passou pelo país no ano passado, promovendo seu disco mais recente, La Radiolina, se apresenta na Praça Mauá, no centro histórico de Santos, à meia-noite. No domingo, é a vez de Araraquara, às 17h.
Conhecido como compositor de trilhas sonoras famosas, sendo a mais conhecida a criada para o filme “O Fabuloso Destino de Amelie Poulain”, Yann Tiersen se apresenta em Piracicaba, onde faz show às 22h30 de sábado, e por São João da Boa Vista, às 16h30 de domingo.

Outros destaques:

Araçatuba: CPM 22, Mawaca, Alice Ruiz e Alzira Espíndola
Araraquara: Manu Chao, Lenine, Ludov
Assis: Toquinho, Kid Vinil, Chico Pinheiro
Bauru: Diogo Nogueira, Wander Wildner, Demônios da Garoa
Caraguatatuba: Sepultura, Antônio Nóbrega
Franca: Falamansa, Vitor Araújo, Tiê
Indaiatuba: Bebel Gilberto, Mônica Salmaso, Jazz Sinfônica
Jundiaí: Cat Power, Zeca Baleiro, Pitty, Cidadão Instigado
Marília: Cachorro Grande, Madame Mim
Mogi das Cruzes: Mudhoney, Almir Sater, Autoramas
Mogi-Guaçu: Arnaldo Antunes, Beto Guedes, Arrigo Barnabé
Piracicaba: Yann Tiersen, Paralamas do Sucesso, Toquinho
Presidente Prudente: Lobão, Detonautas, Dona Ivone Lara
Ribeirão Preto: Titãs, Toni Garrido, Nina Becker
Santa Bárbara do Oeste: Elba Ramalho, Ultraje a Rigor, Maria Alcina
São Carlos: Cordel do Fogo Encantado, Móveis Coloniais de Acaju, Negra Li
São João da Boa Vista: Blitz, Ana Cañas, Canastra e Yan Tiersen
São José do Rio Preto: Mudhoney, Vivendo do Ócio, 100 + Nem Menos
São José dos Campos: Cat Power, Banda Sinfônica de SP, Del Rey, Cia. Furufunfun
Sorocaba: Titãs, OSESP, Quinteto em Branco e Preto
Baixada Santista: Manu Chao, Zeca Baleiro, Otto, Cérebro Eletrônico, Rosana

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A grande pergunta é: Sera que consigo assistir aos shows do Mudhoney, Sepultura, Yann Tiersen, Beto Guedes e ainda beber "algumas" cervejas com a queridissima Thaisete (Nobre Pecadora)!?

Há 40 anos, Beatles chegaram ao fim

Em 10 de abril de 1970, Paul McCartney anunciou o fim oficial desta que é considerada a maior banda de todos os tempos

O dia 10 de abril pode ser considerado uma péssima data para muitos que têm pelos Beatles o carinho de fã. Há exatos 40 anos, Paul McCartney anunciou o fim do Fab Four, para que cada integrante pudesse trilhar outros caminhos, direcionando força e talento a projetos solo.

McCartney, John Lennon, Ringo Starr e George Harrison, por seu trabalho em conjunto, foram responsáveis por canções de grandiosidade inquestionável, agregando fãs e mais fãs, mesmo com a passagem de quatro longas décadas - provando que quando a música é boa, seu prazo de validade é inexistente.

Em clima de uma efeméride um tanto quanto triste, relembre aqui a matéria de capa da edição 36 da Rolling Stone Brasil, publicada em 2009. A reportagem mostra os bastidores dos últimos dias desta que é tida como a maior banda de rock de todos os tempos.

Ano especial
Se em 2010 a homenagem é triste, é possível dizer que 2009 foi, positivamente, o "ano Beatles". Além dos 40 anos do clássico álbum Abbey Road, todos os discos de estúdio da banda ganharam, no ano passado, versões remasterizadas - com melhor qualidade de som que a dos CDs lançados em 1987 -, atingindo o topo das paradas em vendas. Soma-se a 2009 outro lançamento: o Beatles: Rock Band, a primeira versão do game exclusivamente dedicada a uma só banda, possibilitando a algumas pessoas a junção de duas paixões: videogames e Beatles.  

Fonte